Treze pessoas são presas em operação da Polícia Civil na Grande BH e no Paraná; VÍDEO
Vídeo mostra festa onde integrantes de organização criminosa exibem armas. Após a divulgação, PCMG iniciou investigações.
Treze pessoas foram presas durante a Operação Caniço, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta terça-feira (18). Segundo a Polícia Civil, dos treze presos, três eram mulheres e dez homens. Dos dez, três eram chefes de tráfico e um deles estava em Curitiba, no Paraná.
Segundo a Polícia Civil, ao todo, foram 80 ordens judiciais, 20 mandados de prisão, 25 mandados de busca e apreensão e 35 ordens judiciais para sequestros de bens e valores, em um total de aproximadamente R$ 17 milhões.
Entre as apreensões estão R$ 20 mil, cinco veículos, joias e uma moto aquática. De acordo com as investigações, as organizações criminosas não pertenciam a facções. Eram compostas por pessoas moradoras de Santa Luzia. Eles apenas compravam a droga de facções maiores para revender.
A festa Arraial do Campo
As investigações começaram em agosto de 2024, após imagens divulgadas nas redes sociais mostrarem homens armados durante o evento “Arraial do Campo”, no bairro Palmital (veja o vídeo acima).
Segundo a polícia, a ostentação de armas era usada como propaganda criminosa para recrutar integrantes e intimidar moradores, replicando práticas vistas no Rio de Janeiro.
"É uma festa é denominada Arraial do Campo, onde foram filmados bandidos exibindo armas de fogo de grosso calibre. Isso causou estranheza e temor à população local. Com isso, a polícia Civil iniciou as investigações", explicou a delegada Letícia Gamboge Reis.
Empresas fantasmas
De acordo com a PCMG, o grupo atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com um esquema de abertura de empresas virtuais, com o objetivo de lavar o dinheiro do tráfico.
"As empresas não são criadas por uma finalidade específica. Elas são criadas só virtualmente e fazem grandes movimentações financeiras em curto lapso temporal e em seguida, fecha a empresa, em um prazo de seis meses a um ano. Havia empresa em Rolândia, em Curitiba no Paraná, em Rondônia. Após lavado o dinheiro é usado para compra de bens e de drogas para a continuação da mercância", explicou o delegado Álvaro Cuevas.
Delegados do Deoesp detalham resultados da Operação Caniço em coletiva de imprensa.
TV Globo
Policiais civis durante cumprimento de mandados na Operação Caniço, na Grande BH.
Polícia Civil
Veículos e bens sequestrados durante operação que prendeu 13 pessoas em Santa Luzia.
Polícia Civil
Helicóptero da PCMG durante Operação Caniço, em Santa Luzia.
Polícia Civil
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