Megarrede de furto de cobre que movimentou R$ 30 milhões é alvo de operação em MG, RJ e BA
12/11/2025
(Foto: Reprodução) Material apreendido durante a 2ª fase da operação nesta quarta-feira (12) em Juiz de Fora
Uma organização criminosa interestadual atuante em Juiz de Fora, acusada de furtar e revender fios de cobre, foi alvo de mais uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (12). As investigações indicam que o grupo movimentou mais de R$ 30 milhões nos últimos anos e é considerado o maior da região da Zona da Mata.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão em oito cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Confira abaixo o balanço parcial:
11 prisões em Juiz de Fora;
1 prisão em Vitória da Conquista (BA);
2 prisões em São José do Vale do Rio Preto (RJ);
38 mandados de busca e apreensão;
Apreensão de cobres, ainda não totalizado;
Também aconteceram diligências em Barbacena (MG), São João del Rei (MG), Belmiro Braga (MG), Magé (RJ) e Itaboraí (RJ).
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Material apreendido durante a 2ª fase da operação nesta quarta-feira (12) em Juiz de Fora
Polícia Civil/Divulgação
A ação, que integra a segunda fase da operação 'Cyprium', foi considerada uma das maiores já realizadas em Minas Gerais contra o furto e a receptação de fios de cobre.
Também participaram da operação o Núcleo Regional de Inteligência de Juiz de Fora e a Delegacia de Visconde do Rio Branco.
Como funcionava o esquema?
De acordo com a Polícia Civil, o esquema envolvia funcionários e ex-funcionários de empresas de telefonia e internet, que facilitavam os furtos e usavam uniformes e ordens de serviço falsas para disfarçar as ações criminosas.
O material furtado em cidades como Juiz de Fora, Viçosa, Ubá, Cataguases, Visconde do Rio Branco e outras, era enviado para o Rio de Janeiro e para a Bahia.
“Em Juiz de Fora, o material era desfeito, e a parte processada seguia para a Bahia (uma empresa de fio) e para o Rio de Janeiro (uma empresa de sucata)”, explicou Márcio Rocha, um dos delegados responsáveis pela operação.
No ano passado, o grupo foi responsável por mais de 1.400 furtos, e apenas em dois meses o esquema movimentou cerca de R$ 3 milhões em Juiz de Fora.
Em um dos casos, a quadrilha chegou a furtar placas de identificação, crucifixos, imagens de santos, lápides e floreiras do cemitério de Aiuruoca, no Sul de Minas.
Coletiva de imprensa da Polícia Civil em Juiz de Fora fala sobre a operação em MG, RJ e BA
Letícia Damasceno/TV Integração
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Dono de ferro-velho era chefe do esquema na Zona da Mata
Um homem de 29 anos, dono de um ferro-velho em Juiz de Fora, é acusado de chefiar o esquema na Zona da Mata mineira.
Ele foi preso em flagrante por receptação qualificada de fios de cobre na primeira fase da operação, realizada em 3 de setembro deste ano.
"É uma quadrilha só, mas cada pessoa em cada estado/cidade tem sua função. O que foi preso em Juiz de Fora na primeira fase é o chefão da Zona da Mata", completou Márcio Rocha.
Nas redes sociais, ele ostentava viagens e carros de luxo.
Primeira fase da operação
Mais de 1 tonelada de fios de cobre foi recuperada em Juiz de Fora anteriormente, foto de arquivo
Humberto Campos/TV Integração
Na ação de setembro, foram apreendidas mais de uma tonelada de fios de cobre e três veículos. Outras duas pessoas foram presas.
Em entrevista coletiva na época, a Polícia Civil informou que as investigações haviam começado há cerca de seis meses, devido ao aumento no número de furtos de cabos de energia e de internet em Juiz de Fora.
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