Escolas do Sul de Minas avaliam adesão ao modelo cívico-militar em consulta pública

  • 11/07/2025
(Foto: Reprodução)
Proposta do governo estadual divide opiniões de pais, professores e especialistas. Processo consultivo está em andamento em várias cidades da região. Escolas cívico-militares: no Sul de MG 68 instituições passarão por consulta pública Diversas cidades do Sul de Minas estão realizando consultas públicas para decidir se suas escolas estaduais devem aderir ao modelo cívico-militar proposto pelo Governo do Estado. A proposta prevê a presença de militares da reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros em unidades escolares, atuando como monitores cívico-disciplinares, responsáveis por apoiar a organização do ambiente escolar e mediar conflitos. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), os militares não terão funções pedagógicas e não substituirão professores. O objetivo seria complementar a gestão escolar com foco na disciplina, no respeito e em valores cívicos. Até o momento, 68 instituições foram pré-selecionadas para uma possível adesão ao modelo. A iniciativa tem gerado discussões entre as comunidades escolares. Em Passos, por exemplo, pais já participaram de assembleias em algumas escolas, com resultados distintos: uma decidiu pela adesão ao programa, enquanto outra optou por não participar. Em cidades como Poços de Caldas, Varginha, Itajubá e Pouso Alegre, as assembleias seguem acontecendo. Atualmente, duas escolas do Sul de Minas já funcionam no modelo cívico-militar: uma em Itajubá e outra em Três Corações. A expansão faz parte de um esforço do governo estadual para manter a proposta ativa, mesmo após o encerramento do programa federal em 2023. Escola Estadual Wenceslau Braz, em Itajubá, funciona no modelo cívico-militar Redes sociais/Escola Wenceslau Braz A opinião dos pais também se divide. Em entrevista à EPTV, afiliada à Rede Globo (veja o vídeo no início da matéria), Larissa, mãe de um aluno de uma escola cívico-militar em Passos, diz que percebeu mudanças positivas no comportamento do filho. "Ele amadureceu mais, o comportamento dele também mudou. Ele chega, quer fazer as atividades, deixar tudo pronto para o outro dia, fica preocupado com as provas. É outra criança, está levando as coisas mais a sério", afirmou a mãe. Por outro lado, professores e especialistas têm críticas ao modelo. A educadora Elisângela, da rede estadual, acredita que a escola já possui instrumentos suficientes para garantir a disciplina. "Temos dentro das nossas escolas estaduais regimento, projeto político pedagógico, (...) a gente tem que respeitar essas normas. E dentro da escola não existe violência, a violência vem de fora para dentro. (...) O lugar de polícia não é dentro da escola", disse. A socióloga Maria do Carmo de Oliveira, que atua na região, levantou preocupações sobre os impactos do modelo nas escolas da periferia. "Eu já vejo uma questão de exclusão da própria comunidade, por isso que tem que ser analisado com calma, com cautela. (...) Pode ser uma questão de ideologia, de pensamentos críticos que podem estar sendo excluídos da nossa sociedade e uma desigualdade social, diversidade muito grande". Como acontece o processo de consulta O processo de consulta pública é presencial e acontece por meio de assembleias extraordinárias. Pais, professores, estudantes maiores de 16 anos e funcionários votam de forma individual, com cédula oficial. O resultado é registrado em ata, mas a decisão final cabe ao colegiado escolar. De acordo com a SEE-MG, a escolha das escolas em consulta foi feita com base em critérios técnicos, como localização, estrutura e viabilidade do projeto. A adesão só será efetivada após essa etapa de escuta da comunidade escolar. A equipe de reportagem da EPTV solicitou entrevista ao governo de Minas, mas não foi atendida. Em nota, a administração estadual afirma que "o processo está sendo conduzido com escuta ativa nas comunidades escolares para que possam manifestar formalmente o interesse na possível participação no modelo". A nota diz ainda que "a eventual implementação ocorrerá em escolas selecionadas e não necessariamente em todas as unidades onde houver manifestação favorável". Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2025/07/11/escolas-do-sul-de-minas-avaliam-adesao-ao-modelo-civico-militar-em-consulta-publica.ghtml


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