Câncer de Mama: apoio a mulher é fundamental para sucesso do tratamento

  • 14/10/2025
Mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos foram diagnosticadas com câncer de mama no Brasil no período entre 2018 e 2023, uma média de uma em três mulheres diagnosticadas com a doença, segundo dados do Painel Oncologia Brasil, analisados pelo CBR, Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Em 2018, foram registrados 40.953 diagnósticos, contra 65.283 em 2023, um aumento de 59% em seis anos. O dado destaca o aumento no número de diagnósticos, reforça a necessidade de tratamentos acessíveis e eficazes e abre espaço para uma questão ainda pouco compreendida: o apoio psicossocial às mulheres com diagnóstico do câncer de mama. Tanto o acolhimento quanto a presença de uma rede de apoio fazem a diferença na qualidade de vida da mulher durante esse período. Entre os desafios que a mulher enfrenta nesse período está a falta de suporte prático, seja nas tarefas domésticas ou cuidados com filhos, o abandono emocional e o impacto na vida profissional, já que a doença e o tratamento podem alterar a situação no trabalho. Obstáculos comprovados também em dados: uma em cada dez mulheres diagnosticadas com câncer de mama é abandonada pelo parceiro após a confirmação da doença e 40% das pacientes enfrentam demissões durante o tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, segundo levantamento realizado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), em parceria com DataFolha e AstraZeneca. Além disso, toda a falta desse suporte pode levar a desistência do tratamento, piorando o prognóstico. Quem recebe o diagnóstico lida com o medo constantemente. Por isso, se sentir acolhida é um dos passos mais importantes para o bem-estar da mulher e o sucesso do tratamento que ela irá iniciar. Para a psicóloga Lilian Bertges (CRP MG04/48248), o ser humano que se sente acolhido está mais preparado para lidar com situações como essa. “Por sermos seres sociáveis, sentir que não estamos sós, é por si só, um presente. Pertencer a um grupo (seja familiar, seja de amigos, ou mesmo online com pessoas dispostas a acolher), muda completamente o percurso que a mulher com câncer vai vivenciar” - Afirma a psicóloga Lilian Bertz. DIÁLOGO É CUIDADO O apoio psicossocial tem papel essencial na vida da mulher com câncer de mama, visto que ele oferece escuta e conforto. A rede de apoio pode ser formada por pessoas próximas à mulher, como amigos e familiares, mas também pela equipe médica, geralmente formada por multiprofissionais, incluindo psicólogos. A Otávia contou com uma rede de apoio para conseguir lidar com a doença. Ela já havia perdido a irmã para o câncer de mama e quando recebeu o diagnóstico foi difícil, mais ainda quando soube da metástase. Foi nesse momento que ela decidiu buscar por pessoas que estavam passando pela mesma coisa que ela, principalmente através das redes sociais. Foi nesse espaço que ela conheceu mulheres que estavam vivendo há mais de 15 anos com a metástase. A partir do diálogo com essas mulheres, com o fortalecimento entre elas, ela começou a pensar e acreditar em uma vida onde era possível viver com a doença. Outubro Rosa “Passei a ter menos medo da palavra metástase, passei a ter menos medo de falar de câncer, parei de ter vergonha, de me sentir culpada, porque eu me sentia culpada. A gente se sente uma pessoa totalmente errada, parece que o câncer veio porque a gente fez alguma coisa de errado. Vários mitos vão surgindo na cabeça. Então, minha médica foi me tranquilizando, as histórias que eu fui conhecendo, me deram apoio, esperança e fé”. – Comenta Otávia sobre o processo. Otávia destaca também o apoio da família. Mesmo estando vivenciando um diagnóstico pela segunda vez, todos se organizaram para juntos passarem pelo processo mais uma vez. Ela destaca que o acolhimento não veio só da família dela ou do esposo, mas também da equipe médica: “Um atendimento humanizado é diferenciado. Foi inclusive minha oncologista que me deu muita força nesse período, para acreditar no tratamento. Essa parceria, essa relação de confiança entre médico e paciente tem que acontecer na oncologia. Por exemplo, minha médica me passou o WhatsApp dela pessoal e disse que se eu tivesse qualquer problema, insegurança, eu poderia ligar a qualquer momento”. O apoio e a noção de que não está sozinha ajudam a aliviar as inseguranças em relação às possíveis consequências de seu tratamento, assim como reforçam a coragem, para tolerar seus efeitos colaterais. Os tratamentos para câncer de mama costumam ser feitos de forma sistêmica, com quimioterapia e hormonioterapia, e local, com cirurgias mamárias e radioterapia. Esses são processos que exigem muito da saúde física e mental da mulher, por isso o apoio psicossocial é fundamental no controle pleno das emoções, na aceitação da doença, na adesão ao tratamento e na recuperação da autoestima. “O medo vem forte, mas não estamos sós. A cura começa quando a gente decide acreditar ainda mesmo antes de ver. Há muita vida após o diagnóstico. O câncer não pode nos definir, ele não é sentença.”, afirma Otávia. Dra. Tatyene Nehrer de Oliveira CRM-MG 34.218

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/especial-publicitario/outubro-rosa/noticia/2025/10/14/cancer-de-mama-apoio-a-mulher-e-fundamental-para-sucesso-do-tratamento.ghtml


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